A Castidade como um Sim!


Depois de ler um post no blog do meu amigo Felipe Bezerra (http://shalomfelipe.wordpress.com/2010/10/21/is-pre-marital-sex-always-a-sin/), tive vontade de escrever sobre a castidade. Também me lembrei de um retiro promovido pela Comunidade Católica Shalom - da qual faço parte - que fiz no ano passado e que me ajudou muito a mergulhar nesse imenso dom. Sei que é um tema muito importante e muito tratado no meio cristão, afinal, viver a castidade no mundo de hoje está cada vez mais desafiante, não é? E por ser tão desafiante, para ser casto é preciso dizer um sim a Deus diário, constante e muito “suado”. Nesse post vou tentar abordar o tema de uma maneira mais formativa, no próximo, prometo escrever sobre a castidade como poesia.

Quero começar com a frase do fundador da Comunidade Shalom, Moyses Azevedo, que diz: “A vontade de Deus não é a parte mais fácil, mas é a parte mais feliz.” Por isso, de início, já digo a você que sabe que a vontade de Deus para nós é a santidade e que para sermos santos precisamos ser castos, que não é um caminho fácil escolher a castidade. Pois em um mundo que não acredita na pureza, você já é um bravo lutador que escolheu a parte mais feliz. A castidade não é um peso, é uma escolha corajosa.

A castidade nos capacita ao amor, ao verdadeiro amor. Ela nos protege de nós mesmos e muda a ansiedade em paciência. Quando estamos divididos pelos sentimentos e desejos, ela nos unifica e nos faz permanecer inteiros. Tenho certeza que muitas das nossas confusões interiores não ganhariam força se fôssemos mais puros. Parece não ter ligação entre a castidade e a inteireza, mas é a castidade que nos possibilita nos darmos por inteiro, amarmos por inteiro e nos mantermos inteiros até o fim, sem deixarmos pedaços de nós mesmos pelas estradas tortuosas de alguns relacionamentos que trilhamos na vida.

O grande fruto da castidade é a espera. Ela amplia nossa visão para além do hoje, do agora e do momento. A castidade sempre espera o amanhã. A prova do amor não está no hoje, está no amanhã. É fácil “passar”, hoje, a noite com alguém; difícil é viver com esse mesmo alguém o amanhã da vida inteira! Só a castidade nos faz ver assim, só ela nos empresta os óculos de Deus. Sem a castidade ficamos menos confiantes e se torna mais difícil esperarmos promessas, tempos e pessoas.

E como viver a castidade? Deus me deu um corpo para viver a castidade. Esse corpo um dia vai ser glorioso! E esse corpo me foi dado para expressar o amor. E se eu sou casada, Ele me deu o corpo do meu esposo para que eu cuide desse corpo também até o dia de devolvê-lo a Cristo “sem ruga e sem mancha”. Se eu uso o meu corpo e o corpo do outro somente para o meu prazer, eu não maculo só o meu corpo e o corpo dele, eu maculo a minha alma e alma do outro. O que fere o corpo, fere a alma.

A notícia boa é que Deus espera a grande oportunidade de restaurar a virgindade do nosso coração e, com isso, curar nosso corpo a cada dia com o seu toque puro de amor. Não existe castidade sem recomeço, por isso sempre é possível! Se a castidade nos capacita ao amor, o amor nos capacita a castidade. No dia em que nos deixarmos amar completamente por Deus, com nossas fraquezas e impurezas, no dia em que Ele abraçar nosso corpo ferido e beijá-lo com sua misericórdia, preencher os vazios e carências deixados em nós pelo desamor, a castidade deixará de ser um desejo e será um caminho real.

Se nosso sim a Deus também não for um sim à castidade, a voz do verdadeiro amor nunca será ouvida.

Comentários

  1. A castidade é um sim a verdadeira felicidade!

    Fantástico Denise! Muito massa!
    Shalom!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

- Os comentários publicados são de exclusiva responsabilidade de seus autores e as consequências derivadas deles podem ser passíveis de sanções legais.
- O usuário que incluir em suas mensagens algum comentário que viole o regulamento será eliminado e inabilitado para voltar a comentar.